sábado, 15 de agosto de 2020

Breves contos reais

 BREVES CONTOS REAIS


1

Esperava o téc-téc no bule…

Era assim, acordar, acordar mais um pouco ouvindo a conversa que vinha da cozinha, e depois da colher bater no bule adoçando o café, então ai sim acordar de vez e trocar-se. Todos os dias, menos final de semana, ficar mais um pouco, cama quentinha até as 8, dizia-se.

O café já na mesa, pão que a mãe fazia em casa, enorme, branquinho por dentro, casquinha saborosa, era a melhor parte daquele pão, mas o miolo era super macio e bom também.

Sobre a fatia bem cortada, no capricho, uma camada de banha de porco ou manteiga de sitio que os pais compravam de vez em quando. Era conservado em água, pois sem geladeira ainda. Ou então doce de caixeta, pera ou pêssego que a família fazia em casa, no tacho de cobre, fogo de lenha no chão e o tacho em cima. As caixetas com tampa conservavam por bom tempo depois da época de frutas.

Era um café rapidinho para tomar caminho do colégio, aulas das 8 as 12.

Sábado não, e domingo, podia ser café mais demorado com gibi para ler ao lado da caneca, Wall Disney, Mikey e Pateta, tio Patinhas, Margarida e Pato Donald… Pai não gostava nada disso e dizia, “na hora de comer não deve ler”, o gibi era empurrado mais longe e logo voltava quando pai saia de perto, só que distante ele olhava desgostoso, mas nada dizia.

Pois era assim.


2

O martelo bateu na cabeça…

A cabeça do Dirceu sangrou, foi um dia de brincadeiras com foice, machado, facão e…

Martelo era comum entre eles, pregar nas madeiras velhas, tirar e bater nos pregos para torná-los reaproveitáveis, e pregar, pregar.

O maiorzinho morava próximo, duas cercas separavam as casas, portões para passar, não importava hora, só ir, só vir.

Mas na idade se equiparavam, poucos meses talvez, ela era loirinha de cabelos cacheados, ele moreninho, cabelos negros e curtos, esses irmãos, e o maiorzinho magrela, desajeitadinho era vizinho.

Vestimentas simples, descalços quase sempre, então avó dizia “precisa ‘arear’ esses pés”.

Os adultos gostavam que as ferramentas servissem de brinquedos, “aprende trabalhar”, “desenvolve habilidades”, diziam e até ensinavam capinar e farquejar tabuinhas.

Seria para fazer carrinhos?, a menina com a boneca no colo olhava com atenção, pequena ela, mas bem esperta. E o martelo veio de cima, manejado pelas mãos velozes do Dirceu, bateu no prego e foi pouco a força, então para melhorar, o martelo subiu demais até bater na cabeça com o lado oposto, dai sangrou a cabeça do menino.

O menino era Dirceu, a menina era Rose e o magrela era eu.

Assim foi um dia.

terça-feira, 1 de abril de 2014

O último desejo de João Paulo II

Em um dos últimos documentos de seu pontificado, João Paulo II exortou a Igreja a celebrar corretamente o sacrifício eucarístico
Há exatos 10 anos, a Congregação para o Culto Divino, seguindo as disposições do então papa João Paulo II, publicava a Instrução Redemptionis Sacramentum[1]. O documento tinha por objetivo esclarecer alguns aspectos sobre a correta celebração da Eucaristia, e pôr termo à maré de abusos litúrgicos que se insurgia dentro da Igreja. Sendo a Santíssima Eucaristia o depósito "no qual está contido todo o bem espiritual da Igreja"[2], a preocupação do Santo Padre, exposta solenemente nessa instrução e na sua última encíclica, Ecclesia de Eucharistia, era nada mais que salvaguardar a fé dos fiéis, tornando a celebração dos sacramentos um ambiente livre de rixas e brigas fratricidas, advindas de falsas interpretações do Santo Sacrifício de Cristo.
O zelo pelo augusto sacramento eucarístico faz parte da história dos cristãos. Desde a sua origem, os católicos procuraram render glórias ao Criador por meio do culto à Eucaristia, chegando, em alguns casos, até mesmo às vias do martírio. " Sine dominico non possumus" – sem o domingo, não podemos viver. Era o que diziam os mártires de Abinitas, região do norte da África, ao desafiarem a lei do império, que os proibia de prestar culto a Deus. Desse eloquente testemunho do início do século IV, podemos haurir a íntima relação que existe entre a vida ordinária dos cristãos e a sua fé eucarística. O homem só consegue viver de acordo com sua reta natureza quando põe em primeiro plano o seu dever para com Deus. É que sem a verdadeira religião, todo ser humano acaba abeirando-se de outros altares; queimando incensos para novidades muitas vezes desumanas. A lei moral depende diretamente do reconhecimento de Deus. Trata-se de um dever natural dos homens; e, por isso, dizia o Papa Pio XII, "Deus os elevou à ordem sobrenatural"[3].
A liturgia cristã, por sua vez, não é uma invenção humana. Não se trata de uma busca de Deus às apalpadelas, como se se estivesse a construir outra Torre de Babel. Deus é quem nos ensina a forma correta de adorá-Lo. É Ele, e somente Ele, o verdadeiro protagonista de toda ação litúrgica. Com efeito, dada a missão da Igreja de guardar e ensinar a fé apostólica, cabe a ela, por direito divino, o dever de esclarecer e coibir os equívocos contra a doutrina de Deus, sobretudo no que tange à matéria sagrada do Santíssimo Sacramento – uma vez que não são poucos os que inserem princípios errôneos na celebração eucarística que, "em teoria ou na prática, comprometem esta santíssima causa, e frequentemente até a contaminam de erros que atingem a fé católica e a doutrina ascética"[4].
Quando pensamos em exemplos como o de Madre Teresa de Calcutá – que passava horas diante do altar, rogando a Deus pelo bom êxito de seus trabalhos –, ou na imagem de São Padre Pio de Pietrelcina – que muitas vezes ardia em febre pela Santíssima Eucaristia –, conseguimos compreender o que significa viver eucaristicamente. A comunhão do Corpo de Cristo provoca uma mudança em todo nosso ser. " Não é o alimento eucarístico que se transforma em nós, mas somos nós que acabamos misteriosamente mudados por Ele"[4], até o momento em que cada um possa repetir as palavras do Apóstolo das gentes: "já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim" (Cfr. Gl 2, 22). No altar, mediante a oferta do sacerdote, unimo-nos ao sacrifício de Cristo na cruz. Dessa íntima comunhão, nasce a necessidade de uma presença iluminadora no meio da sociedade, a fim de que Deus possa ser tudo em todos. Dizia o Papa Pio XII:
Assistindo, pois, ao altar, devemos transformar a nossa alma de modo que se apague radicalmente todo o pecado que está nela, e com toda diligência se restaure e reforce tudo aquilo que, mediante Cristo, dá a vida sobrenatural: e assim nos tornemos, junto com a hóstia imaculada, uma vítima agradável a Deus Pai. [5]
Nesse sentido, o respeito às normas litúrgicas não deve ser encarado como uma prisão, mas como autêntica liberdade. As extremidades de um quadro não cerceiam a criatividade de um pintor; pelo contrário, são elas que garantem a existência e aplicabilidade de sua arte. Mutatis mutandis, as rubricas do missal nada mais são do que as extremidades do quadro litúrgico de Deus, a fim de que o homem possa adorá-Lo "em espírito e em verdade" (Cfr. Jo 4, 23). A missa não consiste "em criar um pequeno mundo alternativo por conta própria"[6]. Isso significaria "o abandono do Deus verdadeiro, disfarçado debaixo de um tampo sacro"[7]. A Missa é o memorial da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. "E, a fim de que esta memória não tivesse nenhuma narrativa confusa por parte dos homens" – recorda-nos o venerável Fulton Sheen –, "Ele mesmo instituiu a maneira correta de recordá-la"[8].
Resumidamente, como disserta a instrução do Papa João Paulo II, trata-se do sacramento de nossa redenção.
Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Cães amigos

Os cães são amigos, companheiros, trazem alegrias.
Toby, 15 anos e Lupi aproximadamente 3. Fugiram e deixaram um vazio, jamais encontrados...
Recente foi o Brutus, 2 dias antes de completar 10 anos, câncer danado. Labrador companheiro para tudo, viajar praia e samas, caminhar. Brincalhão, até poucos dias antes do sono eterno encheu a boca de meias catadas na casa, mostrava orgulhoso a conquista... Dormindo se foi (2/3/2014), saudades dele...

Vida que segue

Vida que segue, o lado do bem traz alegrias, para que conflitos?. Jamais desavenças, tanto prejudicam a vida e a saúde. Vida alheia a outros pertence, só se ajudar. Aumentar conhecimentos, idade é isso ou deveria. Serenidade... e Deus no coração.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Estou começando

Olá.
Hoje 13 de setembro de 2010 estou abrindo este blog.
Aqui deixarei minhas anotações...